sábado, 17 de dezembro de 2011

Eleitos 2011 de Jorge Lucki na Zahil

Recebi um e-mail promocional da Zahil com a lista de Jorge Lucki dos melhores vinhos do novo mundo de 2011. Ele é colunista do "Valor Econômico", consultor do guia "Descorchados" e de vários livros sobre vinhos traduzidos no Brasil. A lista é grande e a Zahil colocou apenas os rótulos que eles têm disponíveis (óbvio), que repasso aqui. Não experimentei nenhum deles, mas fiquei curioso e estão na minha lista de próximas compras.

Melhor relação qualidade/preço existente no mercado brasileiro

Austrália - The Footbolt Shiraz 2008 - Austrália  (R$ 119,00)

África do Sul - Rupert e Rothschild Classique 2008 (R$ 130,00)

Chile - Aquitania Reserva Cabernet Sauvignon 2009  ( R$ 73,00)

Argentina - Pontillo Malbec 2010  ( R$ 44)

Argentina - Winemaker's selection 2008 Salentein ( R$ 67,00)

A Zahil fica na Rua Outono numero 81, funciona junto com  o restaurante Outono 81.

Brunello de Montalcino em promoção


Há algum tempo acho que o melhor lugar pra comprar vinhos em Belo Horizonte é no Verdemar, a variedade é grande e, os preços que observei comparando com outras distribuidoras é sempre melhor. Estou falando isso porque estive lá essa semana e eles estão com diversos vinhos em promoção. A melhor oferta que achei foi esse post de hoje, Brunello de Montalcino Il Poggione 2005. Tudo bem que 2005 não foi uma excelente safra (como 2006) para os Brunellos devido ao excesso de chuvas, mas esse Brunello mesmo assim é um senhor vinho, recebeu 4 de 5 estrelas pelo consórcio de Brunellos e 93 pontos de Robert Parker. Feito com 100% Sangiovese (Brunello), descansa em carvalho farncês por 36 meses antes de ir pra garrafa. Na taça tem cor levemente alaranjada e no paladar lembra um bom Chianti, só que levemente mais frutado, acidez equilibrada, vai bem sozinho ou melhor ainda acompanhando uma boa massa ou pizza, um verdadeiro ícone da Itália. Vale muito a pena pois está sendo vendido quase no preço "europa", por R$ 99,00, sendo que é raro acharmos por aqui qualquer Brunello, mesmo que de qualidade inferior por menos de R$ 200,00.
Para quem quiser guardar, também vale a pena, pois é um vinho que deve evoluir e melhorar muito com até mais 10 anos de guarda.


sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Planeta Alastro 2008

Gosto muito dos Vernaccia de San Gimignano e dos Orvieto, mas esse vinho branco da Sicília também é muito bom. A Planeta que tem vários vinhos bem pontuados produz esse Alastro Bianco no norte da Sicília, feito com  70% Grecanico e 30% Chardonnay. Passa por 6 meses em tanques de aço e mais algum tempo em carvalho. De cor amarelo bem forte, mistura um sabor frutado com acidez elevada, ótimo para acompanhar entradas leves.
Já há algum tempo sempre tenho alguns na minha adega para abrir ao acaso, sem planejar, e beber  acompanhado apenas por algumas fatias de pão com um bom azeite.
Disponível na Wine por R$60,00 ( R$ 48,00 no clubeW)


quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Vinhos do Porto

Nunca fui um grande fã de vinhos do Porto, mas isso está começando a mudar. Se já é difícil escolher uma garrafa de vinho na prateleira da loja com vários nomes desconhecidos nos rótulos, escolher um vinho do Porto então é tarefa ainda mais complicada. São muitos estilos, com subvariedades dentro deles. Vou tentar fazer uma síntese bem pequena que talvez ajude a decifrar um pouco os vários nomes que você vai achar nos vinhos do porto. Existem mais subclassificações, mas colocarei apenas as que eu acho principais. É importante lembrar que a maioria desses vinhos não apresenta a safra no rótulo porque são misturas de várias safras, quando a safra é excepcional então é feito um porto especial que será mencionado mais adiante.

Ruby: Frutado e simples, envelhece em madeira menos tempo, grandes barris com pouca superfície de contato com a madeira

Vintage Character: Mistura de vários Rubys de qualidade superior que envelhecem um pouco mais em madeira

Tawny: Envelhecem mais tempo em madeira (10 a 40 anos ou mais) em barris menores que aumentam a superfície de contato, são mais complexos e de cor vermelho tijolo, são por isso também geralmente mais caros do que os Ruby.

Porto Colheita (diferente do Vintage): É um Tawny de uma única safra

LBV ( Late Bottled Vintage): Esse apresenta a safra no rótulo, é de uma safra específica, mas que não foi uma safra excepcional, como o proximo:

Porto Vintage: É a mistura de um único ano dos melhores vinhedos de uma casa, engarrafado jovem e deve ser envelhecido em garrafa durante muito tempo antes de ser consumido.

Só pra terminar o post, há pouco tempo tomei um vinho do Porto excepcional na casa do Flávio, amigo já há mais de 10 anos, pra comemorar o nascimento do seu primeiro filho, Artur. Um de seus parentes possui uma quinta em Portugal que produzia vinhos do Porto, produção familiar, como pode ser observado pelo rótulo, sem nenhuma classificação mencionada. Parece que a garrafa é muito antiga, realmente o vinho apresentava um halo de envelhecimento, com muitas borras no fundo da taça. Ao paladar notas de amêndoa e mel e ótima acidez. Um vinho sensacional que harmonizou perfeitamente com um pirulito de chocolate de lembrancinha do Artur.


Fonte: Vinho para leigos. McCarthy E, Ewing-Mulligan M. Altasbooks 2008.


sábado, 3 de dezembro de 2011

William Fevre Chileno

Ja havia tomado alguns vinhos William Fevre, gostei muito do petit chablis que tomei a alguns meses.  Em 1991 o produtor comprou alguns terrenos no Chile, ao sul de Santiago, nas margens do rio Maipo, a quase 1000 metros de altitude. Esse Grand Cuvee Chardonnay 2009 é produzido com clones trazidos da Borgonha. 10% passa por barricas de carvalhos franceses e 90% por tanques de aço inoxidavél por 10 meses. O resultado é muito bom, tem aquela untuosidade do Chardonnay envelhecido em carvalho, mas não de forma exagerada, acidez na medida certa, um vinho que fica mais agradável a cada gole na taça. Disponível no Verdemar por R$42,90, um dos campeões do custo-benefício. Na foto, para acompanhar, trouxinhas de espinafre com queijo feta, receita do Cordon Bleu.




sábado, 19 de novembro de 2011

Beaujolais Nouveau para brasileiros

Toda terceira quinta-feira do mês de novembro é comemorado na França o "Beaujolais Nouveau est arrivé". Uma grande operação é montada todo anos para distribuí-lo para vários países no mundo. O Beaujolais Nouveau feito com a uva Gamay, é um vinho jovem, muito frutado e agrada a maioria dos paladares. O ritual que se repete há mais de 60 anos não é para celebrá-lo com um bom vinho, mas sim como o primeiro vinho da safra do ano a chegar ao mercado.
Muitos criticam o vinho pela sua baixa qualidade, jogada de marketing e etc,  mas eu gosto. Ontem fomos a um restaurante de BH, famoso pela sua baixa margem de lucro cobrada nas garrafas de vinho e, surpreendentemente, ele estava sendo vendido a R$ 87,00.
Talvez mais surpreendente ainda foi que várias mesas estavam consumindo o vinho e o sommelier ainda me informou que estava sendo um sucesso de vendas desde quinta-feira. Na França uma garrafa não sai por mais de 10 , que é a proposta do Beaujolais Nouveau, um vinho simples e barato apenas para celebrar.
Mas como não estamos na França, optei por beber um Pinot noir Neo Zelandês de mesmo valor.
Tudo isso faz lembrar o sommelier português João Pires, que em visita ao Brasil ao ser perguntado sobre o que ficou na memória sobre os vinhos no Brasil, respondeu: "O preço dos bons vinhos internacionais, nos melhores restaurantes do Brasil, custam três vezes mais do que nos restaurantes 3 estrelas do guia Michellin em Londres, e o mais íncrivel, os brasileiros pagam."

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Vinhos da Turquia (parte I)

A Turquia não é um pais conhecido pelos seus vinhos, mas nessa última semana que passamos em Istambul, provamos alguns vinhos interessantes. Começo aqui falando sobre o que mais me chamou a atenção, um vinho rosé da vinícola Sevilen. Uma vínicola fundada em 1942, localizada na cidade de Izmir, do extremo oeste da Turquia. Eles possuem plantações em 2 regiões, uma a 150 metros de altitude e outra a 900 metros. Produzem vinhos com uvas tradicionais (Merlot, Cabernet, Syrah, etc) e uvas nativas da região de nome complicado (Kalecik karasi, Bogazkere, etc). Essa garrafa de R Roze 2008 me surpreendeu bastante, feita com 40% Syrah e 60% Cabernet Sauvignon, um vinho bastante fresco, com frutas vermelhas no aroma e paladar. Acompanhou muito bem uma  tábua com queijo feta e pão pita e um "pide", espécie de pizza turca em formato de barca muito saborosa.
Talvez tenha influenciado o local agradável onde tomamos, o Palatium café & restaurante, que fica no bairro de Sultanahmet, mesas com poltronas aconchegantes, música ambiente e ótimo serviço.





sábado, 29 de outubro de 2011

Pinotage Bio 2010

A Pinotage é uma cepa exclusivamente sul-africana, um cruzamento entre Pinot noir e a Cinsault . Ja foi ícone do país, mas vem perdendo espaço para Shiraz, Sauvignon blanc, Merlot e Cabernet Sauvignon.
Esse  Danie de Wet Pinotage Bio 2010 que tomamos essa semana é muito agradável, um vinho simples, muito frutado e sem passagem por madeira, com um final levemente adocicado. Indicado para quem está começando a se familiarizar com os vinhos e quer algo mais leve.
Custa R$ 37,00 na Mistral, mas pagamos R$ 58,00 na Domenico Pizzeria, onde acompanhou a pizza Alba que eles servem, a base de gorgonzola, sementes de papoula e mel trufado, na minha opinião uma das melhores da cidade.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Fim de semana de Borgonhas

Uma opção para quem quer tomar vinhos franceses da Borgonha sem pagar muito pela garrafa de vinho são os Borgonhas tintos (pinot noir) de Côte Chalonnaise, e os borgonhas brancos (chardonnay) do distrito de Mâconnais (ambos ficam ao sul de Côte d'Or que é principal distrito da Borgonha).
Podem não ser tão bons quanto os vinhos de Côte d'Or, mas podem ser muito agradáveis e com excelente custo benefício.
Nesse final de semana tomamos 2 garrafas dessas regiões, as duas do produtor  Antonin Rodet.
A primeira um Macon-Villages 2008, um exemplar de Chardonnay bem mineral e fresco, que não passa por madeira, com muito aroma de frutas, leve e muito agradável de beber.
O segundo foi um tinto de Mercurey também 2008, com as características típicas da Pinot noir, coloração clara, quase terrosa, muito aroma de frutas vermelhas e acidez equilibrada.
Os dois exemplares estão disponíveis no Verdemar por menos de R$50,00 cada garrafa, uma excelente opção, mais baratos do que alguns vinhos locais de qualidade duvidosa.


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Le Volte 2008

O Super Toscanos surgiram no final dos anos 70. Quando os vinhos Chianti perderam força, alguns produtores passaram a plantar uvas não permitidas pela legislação italiana, usando Cabernet Sauvignon, Merlot,  Cabernet Franc e outras variedades de uvas internacionais em sua composição. Dessa forma os vinhos não poderiam ser classificados nem como Chianti nem com as DOCs tradicionais e teriam de ser classificados em categorias inferiores. Só que como o resultado foram vinhos excepcionais, surgiu essa nomenclatura não oficial de "Super Toscanos".  Essa introdução foi pra falar do vinho de hoje, que na verdade é derivado dos Supertoscanos, seria um "supertoscaninho" um vinho mais simples da Tenuta dell'Ornellaia, grande produtora de Supertoscanos. Trata-se do Le Volte Bolgheri IGT 2008, um corte de Sangiovese (em maior proporção) com Merlot e Cabernet Sauvignon que  passa por 8 meses em barricas de carvalho. No ínicio me pareceu muito fechado, pesado, mas com o tempo foi ficando mais macio na boca, muito aroma de frutas e menta. No final da garrafa estava excepcional e por isso acho que vale a pena descansar algum tempo no decanter antes de ser saboreado. Um grande vinho.

sábado, 8 de outubro de 2011

Um vinho branco brasileiro de quase 20 anos de garrafa

O meu sogro, Francisco, tem alguns vinhos muito antigos em sua adega, algumas raridades de quem já comprava e apreciava vinho enquanto a bebida nem era tão comentada no Brasil como é hoje. Esse Domaine Saint Germain 1992 foi um presente dele. Procurando na internet não achei muita coisa, apenas que atualmente o produtor é a Aurora e as safras atuais são feitas a partir de trebbiano e semillon. No rótulo só constava como sendo um blanc de blancs.
Eu sei que vinhos como esse não são de guarda, ainda mais por ser de uma época que a produção nacional não apresentava a tecnologia que tem hoje. Por isso a surpresa, pois o vinho após 19 anos em garrafa estava muito bom, aromas florais e no paladar com notas de maracujá e acidez pronunciada, que se não soubesse a origem diria se tratar de um honesto Sauvignon Blanc.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Morada Zinfandel

Esse vinho chegou essa semana pelo Smartbuywines. A Zinfandel teve sua origem desconhecida durante muito tempo,  até que em 1993 um geneticista americano por análise de DNA descobriu que sua origem é de uma espécie de uva da Croácia, a mesma que deu origem a espécie Primitivo (ou Primitov), cultivada na Puglia (sul da Itália).  Uva muito tradicional na Califórnia e muito pouco conhecida pelos brasileiros.
O Morada Zinfandel 2008 é bem leve, um vinho para o dia a dia, com muito aroma de frutas, diria até aroma de groselha. Na boca é suave, entrega principalmente framboesa e um final curto, me lembrou alguns Beaujolais. Acompanhou bem esse prato de cogumelos com ervas frescas.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Chateau de Malleret Cru Bourgeois Superieur 2004

Em 1932, alguns produtores de Bordeaux do Médoc cujos vinhos não entraram na classificação de 1855 (considerados os bordeaux mais nobres) receberam legalmente sua própria classificação : Cru Bourgeois. Em 2005 os 247 produtores foram reclassificados em divididos em Cru Bourgeois Exceptionnel, Cru Bourgeois Superieurs e Cru Bourgeois padrão. Essa pequena introdução foi pra falar desse Bordeaux que tomei há algumas semanas, digamos um Bordeaux de classe média da região do Médoc.
O Chateau de Malleret já recebeu algumas notas razoáveis de R.Parker e Wine Spectator. Talvez esse por ser de uma safra não muito boa (2004) não me empolgou muito.  É um corte de Cabernet Sauvignon e Merlot com aromas pouco intensos, taninos médios, não entrega muita coisa ao paladar, deixando a boca apenas com a sensação seca.

sábado, 10 de setembro de 2011

Pezzi King Cabernet Sauvignon 2005

Esse vinho eu recebi do clube smartbuy wines, um Californiano com 85% Cabernet Sauvignon e 15% Merlot que passa 2 anos em barricas de carvalho francês antes de ir pra garrafa. Achei um ótimo vinho, potente, mas  com taninos macios, aroma de madeira e muito sabor de chocolate e frutas vermelhas.




segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Veuve Clicquot Ponsardin Brut

Aniversário de casamento, uma ótima ocasião para comemorar com champagne. Tinha na adega essa garrafa de Veuve-Clicquot Ponsardin Brut adquirida no freeshop em nossa última viagem.

A história da casa começou com a viúva (veuve) Madame Clicquot, que foi quem estabeleceu a marca no início do século XIX, exportando seu champagne ao império russo e para as cortes reais. Até o nosso D. Pedro II quando imperador do Brasil recebeu algumas remessas.

O champagne é um blend de Chardonnay, Pinot Noir e Petit Meunier. Cor amarela, quase tendendo ao alaranjado, perlage intensa com bolhas "dançantes". Um excelente Champagne com certeza, mas semelhante a alguns outros champagnes e espumantes que já tomei com preço mais em conta. Tenho sérias dúvidas se em uma degustação as cegas conseguiria diferenciá-lo de outros não tão tradicionais.




quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Nobile de Montepulciano com risoto

Os vinhos italianos ainda são os meus preferidos. Após conhecer esse ano a encantadora cidade de Montepulciano, criei uma simpatia especial pelo Nobile de Montepulciano. Essa semana vi nas prateleiras do Verdemar esse Nobile Poggio alla Sala 2004 Riserva com um ótimo preço (estava por R$ 85,00, sendo que ja tinha visto na internet por R$150). Um vinho que passa por 30 meses em barrica de carvalho esloveno e francês e mais 8 meses em garrafa. Na boca é bastante seco, com aquela acidez pronunciada e agradável típica dos tradicionais vinhos italianos. O produtor destaca que a estimativa de guarda é de 2012 a 2020, mas essa semana ja achei que estava excelente e tem bastante capacidade de evoluir ainda mais em alguns anos. Pode ser tomado sozinho, mas vai especialmente bem acompanhando uma refeição.

Não tenho o costume de colocar receitas nesse blog, mas vou abrir uma exceção para uma receita testada por mim ontem, do Alex Atala, risoto de grãos e castanhas brasileiras que eu achei excepcional.

Ingredientes:

•    200 g de arroz arboreo
•    20 g de manteiga
•    20 g de cebola picada finamente
•    200 ml de vinho branco seco
•    600 ml de caldo de legumes
•    100 g de grãos de trigo integral
•    100 g de arroz selvagem
•    150 g de queijo parmesão ralado
•    80 g de castanha de caju
•    50 g de castanha do Pará
•    Castanha de barú (um punhado basta)
•    Ciboulette (como eu não tinha em casa, usei ervas de provence)

Preparo:

Cozinhe o arroz selvagem em água com sal, por 40 minutos em fogo brando ou até que os grãos estejam abertos e macios. Escorra e reserve.
Cozinhe o trigo por 1 hora em fogo brando ou até que os grãos estejam macios. Reserve.


Descasque e pique finamente a cebola.
Em uma panela derreta a manteiga refogue a cebola picada em fogo baixo até dourar. Adicione o arroz e continue refogando por mais alguns minutos. Adicione o vinho, aumente o fogo e deixe evaporar. 
Cubra o arroz com caldo de legumes previamente aquecido. Cozinhe em fogo baixo, mexendo sempre, até que o arroz esteja al dente. Acrescente o caldo de legumes sempre que necessário durante o cozimento.
Pique finamente a ciboulette. Reserve.


Quebre levemente as castanhas de caju e separe algumas castanhas inteiras para decoração.Reserve
Rale as castanhas do Pará com  um ralador fino. Reserve.
Adicione o trigo, o arroz selvagem ao arroz. Desligue o fogo e some a manteiga, o parmesão e mexa bem. Acrescente as castanhas de caju, a castanha do pará ralada e corrija o sal se necessário. Por último, adicione a ciboulette picada.

Montagem

Coloque o risoto em um prato fundo. Finalize o prato com uma castanha de caju, uma castanha do Pará e uma castanha de barú.







quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Torbreck Woodcutter Semillon 2006

A uva Sémillon é uma parceira clássica da Sauvignon blanc, mas seus vinhos são menos ácidos. É uma das uvas mais importantes da Austrália e da França, pois entra na composição do vinho de sobremesa Sauternes.
Esse Sémillon é justamente da Austrália, da região do vale Barossa ao norte de Adelaide, cultivada nas montanhas mais frias da região junto com a Riesling, onde passa 12 meses em barricas de carvalho.
Um vinho muito agradável de ser tomado, pouco ácido com muito aroma de ervas e um leve sabor de caramelo ao final. Apesar dos 14% de graduação alcoolica, no paladar o alcool é quase imperceptível. Recebeu 90 pontos de RP


sábado, 30 de julho de 2011

FVLVIA Pinot Noir 2009

A pinot noir é uma das minhas uvas favoritas, uma uva chata de ser cultivada, exigente e peculiar em relação ao clima e ao solo. É a uva dos famosos borgonhas tintos franceses. Li algumas reportagens sobre o Fulvia Pinot Noir 2009, inclusive os elogios rasgados ao vinho feitos por Ed Motta. Marco Danielle, seu polêmico produtor é um defensor dos vinhos orgânicos. Esse Pinot noir tem pequena produção,  é produzido com desengace manual das uvas,  sem uso de bomba, transporte do mosto por gravidade, sem bombeamento, e com nada (ou quase) nada de SO2 como conservante. Na taça a primeira impressão ao olhar é tratar-se de um suco de uva, muito ralo, coloração muito pálida. No paladar a impressão é de suavidade, boa acidez e sabor muito frutado, que lembra frutas vermelhas, álcool quase imperceptível. Realmente um dos melhores vinhos brasileiros que ja provei. Infelizmente não está a venda em lojas e só pode ser adquirido direto com o produtor com a compra mínima de 6 garrafas.

sábado, 23 de julho de 2011

Miolo Millésime

Há algum tempo estava querendo experimentar o Miolo Millésime, espumante top de linha da vinícola. Um corte de Chardonnay e Pinot Noir na mesma proporção, envelhece 18 meses nas próprias leveduras antes de ser liberado ao mercado.
Achamos bem equilibrado, acidez na medida certa, fresco e leve com uma certa cremosidade. Um bom espumante, mas talvez pela expectativa criada, não achei tão superior ao próprio Miolo tradicional Brut, pra mim um dos campeões do custo-benefício. Talvez pelos R$ 75,00 cobrados em média pela garrafa do Millésime em Belo Horizonte haja outras opções mais interessantes de espumantes.
Para acompanhar comemos uma polenta com fundos de alcachofra e queijo de cabra, na foto, (sempre da Pri)









sábado, 16 de julho de 2011

Escudo Rojo 2008

Esse Escudo Rojo 2008, veio em uma das remessas do ClubeW da Wine. Um vinho da parceria chilena com Baron Philippe de Rothschild, corte de Caménère(40%), Cabernet Sauvignon(38%), Syrah(20%) e Cabernet Franc(2%).  Ja tinha aberto uma das garrafas e não me agradou muito, tentei dar outra chance dessa vez deixando aerar por cerca de 1 hora e achei que o vinho ganhou um pouco, taninos fortes e madeira muito presente. Um vinho que precisa de um acompanhamento com comida, porque sozinho é difícil de beber. Na foto um risoto de aspargos com açafrão e limão siciliano, que deixou o vinho bem mais agradável de se tomar. Na ficha técnica da Wine coloca como 5 anos a estimativa de guarda e como  ainda sobraram 2 garrafas na adega, vou deixar por lá por um tempo pra ver se ele evolui um pouco.
* a foto foi produção da Pri

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Cusumano Insolia

Há algum tempo tenho uma predileção pelos vinhos italianos, tanto brancos, quanto tintos e esse Cusumano IGT Insolia 2009 da Sicilia é produzido de uma uva que eu não conhecia. A Insolia é uma uva ícone da região (é também utilizada na composição dos vinhos fortificados Marsala). O Cusumano envelhece 4 meses em tanques de aço inoxidável. Tem acidez elevada e, talvez se fosse uma degustação as cegas, acho que apostaria ser um sauvignon blanc, na boca um pouco de maracujá e bastante refrescante. Vale pela experiência de experimentar um vinho de uma uva ícone regional, mas pouco conhecida por aqui. Recebeu 85 pontos Wine Enthusiat. R$ 40,00 na Wine.

sábado, 2 de julho de 2011

Cava Castellroig

Cava são espumantes espanhóis produzidos pelo método tradicional (champenoise) e que utilizam predominantemente uvas locais espanholas ( Macabeo, Parellada, Malvasia, Xarello e etc). Quase todos vém da região de Penedés, perto de Barcelona e obrigatoriamente envelhecem por 9 meses em garrafa.
Semana passada abrimos esse Cava Castellroig Brut, um cava bem equilibrado e fresco, cor amarelo palha, bastante ácido, com gosto de frutas cítricas e fermento. Recebeu 88 pontos de R. Parker e 81 da W.Spectator.
Eu sempre gosto muito da harmonização de espumantes com cogumelo, por isso pra acompanhar fiz esse creme de cogumelos trufado com polenta gratinada, combinação perfeita.


domingo, 26 de junho de 2011

O vinho branco clássico da Umbria

Orvieto fica ao sul da Toscana e sua DOC e conhecida pelos vinhos brancos feitos predominantemente de Grechetto e Trebbiano. Essa garrafa eu trouxe de Orvieto, comprada em uma pequena loja de vinhos por apenas 10 euros.
Esse Castagnolo Barberani Orvieto 2010 é feito de 50% Trebbiano, 10% Verdello, 20% Grechetto, 2% Malvasia e 3% Drupeggio, mais 10% Chardonnay e 5% Riesling, as 2 últimas parecem acrescentar bastante complexidade ao vinho. O produtor recomenda que seja consumido jovem, mas achei o vinho bastante elegante e com capacidade de evoluir com mais alguns poucos anos na garrafa. Descobri apenas depois, pesquisando sobre o produtor, que esse rótulo recebeu 87 pontos de Robert Parker na safra 2009.





segunda-feira, 13 de junho de 2011

Um Sangiovese chileno

Na última semana vi esse rótulo na prateleira que chamou a atenção, um Sangiovese (casta típica italiana), produzido no Chile.
A Viña Falernia foi fundada no Valle de Elqui em 1998 pelo italiano Aldo Olivier. Os vinhedos estão em diferentes altitudes no Valle do Elqui onde ele desenvolve além de sangiovese, variedades chardonnay, sauvignon blanc, pinot noir e syrah.
Achei muito interessante, um vinho leve e muito agradável, com muito frescor e gosto de fruta,  vale o que custa (R$ 30,00 na Casa Infinita).
Para acompanhar fiz algumas pequenas torradas com espinafre e queijo canastra que combinaram muito bem.








segunda-feira, 6 de junho de 2011

Rosso di Montalcino Banfi 2009

O Rosso de Montalcino  pode ser considerado o irmão caçula do mais famoso, o Brunello. Ambos são produzidos a partir de uvas Sangiovese (Brunello). O rosso é envelhecido por 12 meses em carvalho e outros 6 meses em garrafa antes de ser colocado a venda. É um vinho  que pode (e deve) ser tomado ainda jovem, diferente do Brunello que evolui muito depois de anos ou décadas de guarda na garrafa.
Um vinho muito fácil de beber, bem concentrado, final longo e agradável. Mais um vinho italiano que acompanha muito bem uma refeição simples.
Tomamos em Montalcino, acompanhado de bruschetas e massas. Apenas 10 Euros a garrafa no restaurante. Algo impossivel beber um vinho dessa qualidade (e fama) por esse preço em condições semelhantes no Brasil.













sexta-feira, 3 de junho de 2011

Coppola Claret 2006

Após experimentar o Coppola Chardonnay (ja postado anteriormente), fiquei curioso com os outros vinhos do cineasta e há algumas semanas resolvi experimentar este outro rótulo no restaurante Amadeus. É um corte de Cabernet Sauvignon (77%), Petit Verdot (11%), Merlot (8%), Malbec (3%) e Cabernet franc. Apesar de ser a safra 2006, não me pareceu tão jovem.  Aromas de café, muito aveludado, sabor de carvalho na medida certa com taninos bem suaves, agradável de beber. O preço não é muito convidativo, na casa estava por R$125,00 e por esse valor talvez existam alguns rótulos de custo-benefício melhor.



domingo, 29 de maio de 2011

Pionero Albarino Maccerato

Adquiri recentemente na Wine 4 garrafas desse vinho. Um branco espanhol de bom custo benefício que vale a pena ter na adega. Feito 100% com a Uva Albariño, ou Alvarinho,  também muito usada em alguns vinhos de Portugal. Um vinho bastante ácido com aroma frutado (mais pêssego).  Mas o que mais me agrada nele é um levíssimo gaseificado, natural do processo final de fermentação, que deixa um gosto muito agradável na boca ao final.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Nobile de Montepulciano em Roma

Primeira noite em Roma, lembrei de uma dica que li em um livro "vinhos da Itália", de um lugar pra beber vinho como os italianos.   O restaurante não tinha turistas,  era bem aconchegante e o preço era bom. Pedimos um Nobile de Montepulciano Salchetto 2006, um vinho fácil de beber, taninos macios e acidez moderada, um bom italiano para acompanhar quase qualquer prato. O prato principal que me surpreendeu, era o prato do dia, um cuscuz com molho de tomates frescos e ricota, que estava excepcional, e eu nem sou um fã de cuscuz.
Tentamos ir la novamente na ultima noite em Roma, mas estava muito cheio e não conseguimos mesa.
Altamente recomendado para o fim de noite de quem esta em Roma e quer "beber vinho como os italianos". O nome do restaurante é Cavour 313, pois fica na via Cavour 313, próximo ao Coliseu.


Via Cavour 313

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Palazzo Bellarmino

Trufas negras

Palazzo Bellarmino




O hotel em que ficamos hospedados em Montepulciano, Pallazo Bellarmino, um edifício do século XVII, era uma espécie de apart-hotel, quarto amplo e em anexo uma sala e uma pequena cozinha toda mobiliada, o que é otimo pra quem vai passar alguns dias na cidade e quer tentar cozinhar com os produtos típicos da Toscana. Estávamos na época de Trufas, o tartuffo, e quando passamos em frente a uma mercearia surgiu a idéia de comprar algumas e fazer um jantar. Ja havia experimentado apenas alguns ingredientes trufados, azeite, mel, etc, mas a trufa nunca, até porque em Belo Horizonte é dificil de encontrar e o preço é absurdo. La também não é tão barato, essas 2 da foto que usei para fazer o jantar custaram 18 Euros. Jantar com entrada de bruschetas com tomate e parmesão e um espaguete simples, com trufas refogadas na manteiga e azeite trufado. Para acompanhar, um Rosso de Montepulciano da Tenuta Valdipiatta. Ficou excepcional.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Contucci

A vinícola Contucci fica na praça central de Montepulciano, atrás do Palazzo Contucci. Família tradicional da Toscana, foi uma das primeiras famílias a produzir vinho, por volta do ano de 1700. Atualmente é uma das únicas famílias que não migrou para as fazendas e mantém a produção quase completa dentro da cidade.



Não é preciso agendar para conhecer, nós simplesmente entramos e as garrafas ficam a disposição para degustação com alguns biscoitinhos e após degustar pode-se visitar a parte subterrânea onde estão os tonéis. O senhor responsável pela loja é muito simpático, não entende nada de inglês e tenta se comunicar apenas em italiano com os clientes. Gostei particularmente do Nobile 2006 Pietra Rossa, proveniente do melhor vinhedo da família, que tem esse nome. É composto de Sangiovese ( Prugnolo Gentile) e Canaiolo Nero como quase todos os "Nobiles". Os aromas e sabores, confesso que após muitas degustações já não me lembro tão bem
Mais uma vez se destaca a questão do ambiente local, onde a sensação de beber um vinho tradicional, onde ele é fabricado e em uma cidade medieval não tem comparação.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Um dos lugares mais agradáveis de Montepulciano é o pequeno terraço que fica ao lado da Igreja de São Francisco com uma vista incrível dos arredores da cidade e dos campos da Toscana. Ao lado há um pequeno bar de vinhos com uma varanda onde pode-se tomar um vinho enquanto espera o por-do-sol. Em maio o sol estava se pondo tarde, entre 20h e 21h, então sentamos para beber um Nobile de Montepulciano e apreciar a vista.
Pedimos um Nobile de Montepulciano Tenuta Valdipiatta 2007. O "nobre" de Montepulciano é uma espécie de resposta ao Brunello de Montalcino, da cidade vizinha, que por muito tempo, junto com o Barolo, foram considerados os vinhos "reis"da Itália.
Esse Nobile é um corte de 85% Sangiovese e 15% Canaiolo Nero. Apresenta aromas de chocolate e baunilha e um sabor de frutas vermelhas que sem mantém presentes por um bom tempo. Um excelente vinho, mas talvez a paisagem e o ambiente ao redor o tenham deixado muito melhor do que ele realmente é.